A “bendita” e mal intencionada reserva de mercado
A “bendita” e mal intencionada reserva de mercado

A “bendita” e mal intencionada reserva de mercado

Fazendo um contraponto ao dito de meu colega lighting designer e designer de interiores, Paulo Oliveira, expõem também meu ponto de vista.
Em relação á matéria da revista renomada e séria, Lume Arquitetura, com conteúdo de uma entrevista ao recém-empossado presidente da ASBAI, o jovem Rafael Leão, concordo plenamente com o colega Paulo. O menino não tem vivência suficiente para poder colocar todas as suas prerrogativas como sendo a verdade absoluta. Como já disse em outras ocasiões, não existem verdades, mas sim versões.
Acredito até que ele tenha boa vontade e ótimas ideias, mas em pleno século vinte e um, não podemos admitir que ainda pudesse existir discriminação, seja ela racial, religiosa ou mesmo profissional. E é o que acontece com essa associação. Os outros profissionais não aceitos em seu quadro, mesmo sendo arquitetos, se sentem rejeitados e discriminados por não compactuarem com seus modos de pensar; e com isso se colocam á margem vendo a banda errada passar.
Os dirigentes de associações voltadas para a iluminação, também não aceitam e nem concordam com seus estatutos. Está se formando uma associação protecionista para apenas a quem reza em sua cartilha. O que fazer com esses profissionais que de uma forma ou outra são reconhecidos? Pelas escolas, pelos alunos, pelos leitores e por dirigentes sérios de um profissionalismo exemplar? Se temos respeitadíssimas pessoas em nosso mercado de trabalho (o da iluminação) que até são convidadas para participar de evento (atual) internacional em solo nacional e membro de associação abalizada e que faz restrição aos estatutos dessa “mandona” entidade, por que os “manda – chuvas” querem por força serem melhores? Não seria de bom tom e melhor convivência não impor regras e deixar o mercado ser algoz?
Será que os novatos sofreram lavagem cerebral? Será que o tempo dos coronelismos não vai acabar nunca? Eu mando e você obedece? Isso é inadmissível…
Essa sociedade brutal precisa acabar, pois o sol nasceu para todos; por certo que a sombra só para meia dúzia, mas espaço há para todos e que se sobressaia o melhor.
A competição é salutar! Ou será que essa imposição absurda reflete certo temor em perder o poder? O que neste século, nosso papel, é, de na corrida da vida, mostrar que podemos e devemos ser melhores pessoas para que com nosso exemplo, possamos inspirar novas gerações com o livre arbítrio de pensar e agir. Pelo menos temos que tentar.
Fiz parte dessa associação (discriminadora) por um curto espaço de tempo, e deliberadamente resolvi sair, por me sentir aviltada por tentar ajudar e não ser aceita. Já que na área da iluminação era discriminada, tentei ajudar na área jurídica. Sou bacharel em direito. Também não fui levada a sério. Então lutemos com as armas que temos e vamos em frente. Quem sabe possamos deixar este grito para o futuro.
Malu Junqueira

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